A minha transição vegetariana (P&R)
27 Maio, 2016

a minha transição vegetariana

Costumo receber algumas mensagens com questões sobre a minha transição vegetariana, algumas delas muito pertinentes e por isso decidi seleccionar as mais comuns e responder em formato de post.

No post mudar hábitos alimentares falei de toda a minha transição e dificuldades sentidas na mudança dos meus próprios hábitos alimentares (para uma alimentação mais natural e menos processada) mas é verdade que não me foquei na questão da transição para o vegetarianismo ou como tudo começou e se todas as 2as feiras do mês trago ao blog uma convidada para falar dessa transição, hoje é o dia para falar também da minha. 

Sei que muitas pessoas passam pela mesma situação e acho que ao partilhar estes testemunhos percebemos que não estamos sozinhos.

vegetarianismo Vs veganismo

Antes de explicar como fiz a minha transição, quero diferenciar 2 conceitos que muitas vezes se confundem.

O vegetarianismo:

  • Está ligado APENAS a uma dieta/alimentação vegetariana. 
  • O vegetarianismo pressupõe uma alimentação 100%vegetal, que também é conhecida como plant based diet e exclui: consumo de carne, peixe e todos os derivados de origem animal.
  • Dentro da dieta vegetariana, também existe a vertente ovo-lacto-vegetariana onde se exclui: o consumo de carne e peixe e  pode ser incluído: o consumo de derivados lácteos (leite, natas, manteiga, queijo) ovos e mel.

O veganismo:

  • Está ligado a um estilo de vida, onde se inclui uma alimentação 100% vegetal
  • O veganismo vai para além da alimentação e exclui todo e qualquer tipo de produto proveniente de exploração animal, como o vestuário (pele, couro..), diversão (touradas, circos, Zoo, oceanários..), cosmética, produtos de limpeza.. (que são testados em animais).

Por todos os pontos acima mencionados, vegetarianismo não é o mesmo que veganismo. Para algumas pessoas pode parecer extremista adoptar um estilo de vida vegano, mas para muitos é um estilo de vida consciente e ético. Para quem quiser aconselho um documentário que já partilhei no blog “terráqueos” e que ajuda a perceber melhor todos os motivos para o veganismo.

Perguntas e respostas: 

“Porque decidiu mudar para uma alimentação vegetariana?”

Não nasci vegetariana e sempre achei que não teria a coragem de o ser a 100% e até há pouco tempo (cerca de 2 anos atrás) fazia uma alimentação onde incluía todo o tipo de alimentos, nomeadamente carne, peixe e todos os seus derivados.

Quando criei o blog em Janeiro de 2015 já não consumia carne à cerca de 6 meses, mas ainda comia ocasionalmente algum peixe. A decisão de deixar de comer carne começou por motivos de saúde, pois num exame ginecológico de rotina descobri que tinha ovários poliquísticos, bem como quistos em ambas as mamas.. algo que me passava completamente ao lado pois sempre tomei a pílula até há uns 4 anos atrás (com algumas pequenas interrupções pelo meio). Para a medicina convencional este “problema” não tem tratamento (o controle de sintomas é feito através da pílula) e pode ser de origem genética, ou pode estar associado ao estilo de vida, que no meu caso pessoal se revelou estar associado ao meu estilo de vida, nomeadamente a minha alimentação (já mencionei algumas vezes no blog que a minha alimentação não era de todo a melhor).

Ok, voltar a tomar a pílula estava fora de questão para mim, por isso passei por um período de muita pesquisa e decidi optar pela via menos convencional e perceber o que pode influenciar esta desregulação hormonal. Ponto numero 1; consumo alimentos geneticamente modificados? ponto numero 2; o que comem os animais que nós comemos? como são criados esses animais? Ponto numero 3; qual a base da minha alimentação? alimentos processados? ponto numero 4; as escolhas que faço estão a proporcionar saúde e qualidade de vida, sinto-me com energia e vitalidade? ou pelo contrario?

A resposta a todas estas questões foram sem duvida o trampolim para querer iniciar esta mudança na minha vida. Mais tarde e depois de assistir a vários documentários sobre exploração animal e de perceber a forma como a comida nos chega à mesa, sei que tomei a melhor decisão para a minha saúde e para o mundo onde quero viver.

“a Vânia é vegetariana a 100% (digamos assim) ou ainda consome algum produto de origem animal, ou ainda está a fazer a transição?

A minha transição foi feita de forma gradual e não de um dia para o outro. Primeiro comecei por eliminar toda a carne da minha alimentação (incluindo fiambre, chouriço, presunto..), comecei a comer peixe cerca de 3 vezes por semana e mais refeições exclusivamente vegetarianas (há uns 2 anos atrás). Isto foi fundamental para me habituar e começar a perceber que me sentia realmente bem sem a carne! Quando decidi finalmente criar o blog estava numa fase de comer peixe talvez uma vez por semana ou de 2 em 2 semanas, mas sabia que a minha partilha passava sempre pelas refeições exclusivamente vegetarianas. Depois de me habituar a uma alimentação quase exclusivamente vegetariana passei a comer peixe apenas em ocasiões sociais, o que gradualmente deixei de fazer.

O leite já era algo que não consumia regularmente desde que iniciei o curso de naturopatia, por isso eliminar o leite foi o mais fácil para mim e fiz esse processo antes de eliminar a carne.

Os iogurtes, natas e manteiga foram o passo seguinte, há cerca de 1 ano que não como iogurtes, nem derivados de origem animal e já nessa fase tinha cólicas e diarreias quando os consumia.

O queijo foi o derivado animal mais difícil de eliminar, sempre adorei queijo, mas tal como os iogurtes provocam-me um enorme desconforto abdominal, desde cólicas, dores de cabeça a diarreias. Mas confesso, ainda é difícil para mim, mas estou “no bom caminho”. Step by step.

Encontro-me numa fase onde tenho uma alimentação 100% vegetal, e o meu objectivo pessoal de curto/médio prazo é tornar-me vegan. Não posso dizer que já o seja pois como referi acima ser vegan é muito mais do que ter uma alimentação 100% vegetal, no entanto já reduzi consideravelmente a cosmética, produtos de higiene e produtos de limpeza cá em casa, e comecei gradualmente a optar por produtos não testados em animais, (hoje tendo a consciência que tenho não percebo como em pleno sec. XXI ainda se fazem testes em animais 🙁 ). Tem sido um processo gradual mas vou no bom caminho 😀 e quero sem duvida estender esse conceito a outras áreas da minha vida. O primeiro passo foi tomar consciência e perceber porque o quero fazer. Por mim, pela minha saúde e pelos animais.

“É-lhe fácil fazer esta alimentação numa vida de casada? Como lidar com as críticas e frases feitas a que somos sujeitos por fazermos esta opção?”

Felizmente tenho a sorte do meu marido gostar de todas as refeições que lhe preparo. Ele não e vegetariano mas cá em casa come sempre refeições 100% vegetais. Ele tem um filho com 13 anos que também não é vegetariano e por isso de 15 em 15 dias fazem-se refeições com carne e peixe para ele (normalmente eu não as faço, esse trabalho fica para o Homem), por isso nessas alturas faço sempre uma refeição diferente para mim. No inicio era chato, mas hoje é perfeitamente normal cá em casa.

Em relação à família e amigos, nem sempre foi ou é fácil (tenho de ser sincera), pois sou a única que tem “hábitos alimentares diferentes”, e sou sempre o motivo das brincadeiras e piadas. Ora pois! mas com o passar do tempo tornou-se mais tolerável e costumo ter em mente “não podes mudar o que os outros dizem e pensam de ti, mas podes sempre mudar a forma como te sentes com essa situação”, por isso a maioria das vezes levo para a brincadeira.

Já tive algumas situações e comentários constrangedores como:
“estás mais magra, isso de seres vegetariana não te está a fazer bem”, ou
“olha como não sei o que comes tens ali umas sementes para o caso de teres fome”,
“mas nem peixe? que raio comes?”,
“a tua vida de ser triste sem poderes comer um bife”,
“andas numa fase esquisitinha?”
e por ai em diante! acredito que muitas pessoas se identifiquem nestes comentários. E depois temos o caso de pessoas que se tornam nutricionistas em 5 minutos e especialistas em dar conselhos.

As criticas fazem parte de tudo o que foge ao “normal” e temos de aprender a lidar com elas (e isso vem com o tempo). No inicio tinha vergonha em levar comida para festas de aniversário ou jantares com amigos, hoje são os próprios amigos que me pedem e até comem a minha comida “diferente”. Nos restaurantes nem sempre é fácil, mas sim é possível! Cada vez há mais escolhas e cada vez mais pessoas com estas opções alimentares, por isso só tende a melhorar 🙂

Penso que respondi às perguntas mais comuns, se tiverem mais alguma duvida ou mesmo se quiserem fazer mais alguma questão podem deixar abaixo nos comentários.

Alguém se identificou nestas respostas? partilhem comigo as vossas experiências 😉

Até breve

Vânia

Vânia Ribeiro

Vânia Ribeiro

Autora e fundadora do Made by Choices

Estou aqui para te apoiar e ajudar a (des)complicar a alimentação de base vegetal! 

Os livros já publicados:
Livro 1 – As 5 Cores da Cozinha saudável
Livro 2 – O Menu da Semana“.

37 Comentários

  1. Lory

    Parabéns pela transição!

    Responder
  2. Graça Vilhena

    Não me podia identificar mais nessas perguntas e respostas…
    Deixei a carne à dois meses… E é como diz, as pessoas tornam-se nutricionistas em 5 minutos e é só críticas…O que menos chateia imenso.
    Aqui descobri o paraíso, quer nos seus relatos quer nas receitas que partilha.
    Adorei!!!
    Muito obrigada.

    Responder
  3. joao pedro santos

    Não ingiro nada de origem animal faz 2 anos em Agosto. Carne e peixe foi de um dia para o outro. Leite já não bebia muito. Manteigas e queijos e que me custou muito… O que mais me custou foi arranjar conduto para o pão… Depois descobri o hummus a manteiga de azeite os legumes grelhados …

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá João,

      Antes de mais parabéns pela decisão! é isso mesmo com o tempo vamos descobrindo alternativas para os alimentos que normalmente são mais dificeis de substituir. Nunca experimentei manteiga de azeite! hmm

      Responder
  4. Elisabete Ribeiro

    Olá Vânia,
    Sigo o seu blogue e adoro as receitas que partilha! 😉
    Adorei ler a sua experiência. Há 6 meses que deixei de comer carne e de beber leite. Sinto-me um ET e ainda não consigo lidar bem com os comentários, nem com o facto de ter sempre de levar a minha comida para jantares de família e/ou amigos porque ainda como peixe. -.-‘
    Não sinto qualquer falta de comer carne. O meu próximo passo é deixar o peixe e, quem sabe, um dia tornar-me vegan. Eu gostava, mas o queijo…. ai o queijo é a minha maior perdição… 🙂
    Beijinhos*

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Elisabete,
      Obrigada pelo seu testemunho 😉 com o tempo fica mais fácil.. eu percebo perfeitamente pois já passei pelo mesmo! O que importa é continuar, quem gosta de nós acaba por compreender (mais tarde ou mais cedo 😉 ). O queijo é sempre aquele tendão de aquiles!!!
      Beijinhos
      Vânia

      Responder
  5. Lorena

    Boa tarde, Vânia! Tenho muita vontade de mudar minha alimentação. Se eu conseguir tirar só a carne já será um avanço e tanto pra mim. Porém, muitas pessoas falam que o vegetariano tem de fazer suplementação com B12, tem de incluir outras fontes de proteínas, quem tem sangue tipo O não pode ficar sem carne… Diante disso, fico com um pouco de medo. Seus exames deram alterações depois que mudou sua alimentação? Percebeu algum tipo de fragilidade na sua saúde? Faz suplementação?
    Aguardo seu retorno.
    Abraço.

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Lorena,

      Compreendo isso tudo e todos os supostos entraves.. devo dizer que o meu grupo sanguíneo é também do Tipo O e não sinto qualquer efeito negativo por ter eliminado a carne da minha alimentação (isso é um mito na minha opinião).. sinto-me cada vez com mais energia e saúde. Faço exames todos os anos e nestes últimos 2 anos tenho feito de 6 em 6 meses.. Tenho todos os valores dentro dos valores saudáveis (ferro, acido fólico, b12, colesterol, acido urico, glicémia..) apenas tenho alterações a nível hormonal (devido aos ovários poliquisticos), mas isso já tinha antes de iniciar esta transição. Se a sua alimentação for equilibrada não tem que se preocupar. Aconselho que faça sempre exames regulares e se tiver duvidas consulte um nutricionista vegetariano.. Não tomo suplementação, apenas probióticos 1 mês por ano.
      Beijinhos
      Vânia

      Responder
      • Lorena

        Eu também tenho SOP. Vou me esforçar em seguir seus passos. Gosto bastante de carne, mas quero parar de comer pelos animais. Me faz mal saber que um ser vivo está morrendo pra satisfazer um prazer meu.
        Obrigada por me responder!

        Responder
        • Vânia Ribeiro

          Olá Lorena,
          Obrigada pelo testemunho. Qualquer motivo é valido para fazer mudanças positivas na nossa própria vida desde que estejam alinhadas ao propósito pessoal. Parabéns pela vontade.
          Beijinhos
          Vânia

          Responder
  6. Isabel

    Olá Vânia! Já que refere a nova opção na sua vida de produtos que não testam em animais, sendo também um objectivo meu, tem alguma pequena lista de produtos que usa que sejam cruelty free? Deparo-me muitas vezes com dificuldades em saber que produtos se podem comprar no supermercado convencional, pois embora a consciência nos argumente por um lado, os nossos orçamentos mensais sem sempre dão para optar por produtos sem crueldade… A pouco e pouco vou descobrindo que a maior parte das marcas das quais nos rodeamos desde crianças até à vida adulta todas testam em animais… E dá uma certa frustração já não saber o que comprar…. Obrigada e continuição de um bom trabalho.

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Isabel,
      É uma grande verdade.. marcas que usamos (por toda uma vida) testam em animais 🙁 comecei a ganhar consciência disso nesta transição e tem sido um processo gradual também. Quero fazer um post que aborde essa temática, mas preciso testar mais algumas marcas para o fazer..
      beijinhos
      Vânia

      Responder
  7. Carla

    Olá Vânia!

    Gostei muito deste post. Fazia alguma confusão com os termos, mas agora fiquei completamente esclarecida. Não fazia de todo ideia do que englobava o veganismo, além da alimentação.
    Eu não sou vegetariana, mas graças a este blog preparo mais refeições vegetarianas e diminui bastante o consumo de peixe e carne.Também tem sido uma grande ajuda para preparar receitas mais saudáveis e sem alimentos processados, que é a base da minha alimentação.

    Obrigada mais uma vez

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Carla,
      Obrigada pela tua mensagem! fico muito feliz por poder contribuir para isso!
      Muitos beijinhos
      Vânia

      Responder
  8. Naturally Andy

    Gostei muito de ler o post Vânia, muito inspirador e informativo! Apesar de não ser 100% vegetariana, sou assim uma espécie de meio termo com metade das minhas refeições sendo vegetarianas e outras com alguma carne ou peixe, identifiquei-me muito com a questão das criticas por parte das pessoas que nos rodeiam. No meu caso, o meu problema sempre foi o gluten e a maior parte dos cereais refinados, aqueles cereais de pequeno-almoço cheios de açúcar :/ se comer nem que seja uma fatia de pão é certo que vou passar mal dois dias :/ Quando comecei a cortar com o gluten e com todos os alimentos processados, comecei a sentir-me como nunca me tinha sentido na vida e no entanto parecia que as pessoas à minha volta, aqueles que não se preocupavam realmente comigo, só sabiam fazer piadinhas. É importante não deixar que isso nos afecte, acho que acima de tudo temos de pensar que essas pessoas fazem isso porque elas próprias estão frustradas com a sua vida ou saúde e reflectem isso tudo nos outros que estão em fase de mudança 🙂 Gosto muito do blog e continua o excelente trabalho!

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Andreia,
      Muito obrigada pela tua partilha 😀 percebo perfeitamente lá está tudo o que seja fora do “normal” é sempre alvo de criticas.. mas no fim o que importa mesmo é como nos sentimos e as pessoas que gostam realmente de nós acabam por perceber (mais tarde ou mais cedo). Cada vez há mais pessoas com intolerância ao gluten, mas felizmente cada vez há mais alternativas, mais informação.. não estás sozinha. Verdade quem critica normalmente é quem não tem coragem de fazer mudanças na sua vida.
      Muitos beijinhos
      Vânia

      Responder
  9. Catarina

    Olá Vânia!!
    Parabéns por este post excelente, assim como por todos os outros que aqui fazes.
    Não imaginas como me revi em muito do aqui partilhaste. Já há muitos anos que não bebo leite de origem animal derivado a um problema de saúde que tive. Problema esse que também me levou a ter um especial cuidado com a alimentação desde muito cedo. Devido a esse problema também só comia carnes brancas, mas cada vez menos até que as decidi excluir da minha alimentação Ainda é uma coisa muito recente, mas a verdade é que não sinto qualquer falta. Ainda como algumas refeiçoes de peixe ocasionalmente. Mas o meu objectivo é também deixar de o fazer. Tirei um curso de alimentação saudável vegetariana que me deu muitas bases que precisava para não ter qualquer problema a nível nutricional. Ainda assim este é um caminho que se vai fazendo com um passo de cada vez, como tu mesma dizes.
    Obrigada pelo teu testemunho, e pela inspiração que nos dás!
    Beijinho enorme (desculpa o testamento)**

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Catarina,
      Obrigada pelo teu testemunho <3
      É isso mesmo.. isto é um caminho (leve o tempo que levar), mas desde que faça sentido para ti.. é o caminho certo!
      beijinhos
      Vânia

      Responder
  10. Carla Lima

    Muito obrigada pelo texto maravilhoso, pela partilha e pela experiência. Eu não poderia identificar-me mais, a unica diferença é quectenho filhos 🙂
    Obrigada por tudo!

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Carla,
      Os filhos será o meu próximo passo eheheh. E como lida com a situação?
      beijinhos
      V.

      Responder
  11. Dulce Ribeiro

    Olá, Vânia!
    Tenho vindo a seguir regularmente o seu blog , desde que decidi também ter mais cuidado com a alimentação. Estou ainda num processo de transição inicial: retirei a carne, o leite e os seus derivados.
    Identifico-me perfeitamente com a sua história de transição e achei muita graça aos comentários dos amigos e familiares que são exatamente iguais aos meus!!!!

    Aproveito para lhe dar os Parabéns por este blog . Obrigada pela partilha de experiências e receitas.

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Dulce,
      Obrigada pela partilha de experiência 😉 eheh acredito que sim, os comentários são sempre preciosos eheheh step by step
      Beijinhos

      Responder
  12. Tânia Pinto

    Identifico me a 100% com o que escreves! Os comentários são infelizes de pessoas que não conhecem de todo as vantagens e benefícios maravilhosos que está alimentação trás para a nossa saúde!!! Estou em mudança radical na minha vida há apenas 3 meses! Sinto muito mais saudável rejuvenescida! Introduzi super alimentos(uso os da puro sumo marca da Mafalda Pinto leite) que na são absolutamente milagrosos)! Para além disso estou muito mais consciente de todas as escolhas que faço! E ecologicamente muito mais sustentável! Tento faxer a maioria das compras a granel com reaproveitamento das embalagens que uso(frascos essencialmente). O meu objectivo é também ser vegan, mas aos poucos… Nada de fundamentalismos uma vez que comer em restaurantes em braga não há alternativas vegetarianas a não ser nos restaurantes específicos da área! Espero que cada vez mais as pessoas se sintam tocadas pelos teu testemunho e tenham vontade de mudar hábitos que só deixaram o planeta grato e a nossa saúde agradece também!!!
    Parabéns pelo teu percurso e obrigada pela inspiração que tens sido para mim!!!
    Beijinhos;)

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Tânia
      Muito obrigada pelo testemunho. É isso mesmo sem fundamentalismo.. o importante é conseguirmos adaptar e fazer escolhas a cada dia e de acordo com o que nos faz sentir bem! Com as mudanças conseguimos ganhar nova consciência e isso por si só já vale muito. E se for preciso, step by step.
      Beijinhos
      Vânia

      Responder
  13. Maria João

    Olá 🙂
    Li o teu post e para além se ser vegetariana como tu, também tenho ovários poliquísticos. No entanto, sou vegetariana desde 2011 e descobri o problema nos ovários há mais ou menos um ano. Eu uso o adesivo hormonal, mas também queria deixar. Consegues regular o teu corpo só com a alimentação?
    Beijinho e continua com as tuas partilhas bonitas, interessantes e inspiradoras 🙂

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Maria,
      O corpo leva algum tempo a regular.. só agora (depois de quase 2 anos) é que tenho ciclos menstruais mais curtos de cerca de 30 dias (coisa que no inicio era impensável), o mesmo se passou com o acne. Depende de cada caso e de cada corpo, mas a alimentação tem um papel fundamental (mas leva tempo!). A pílula não cura ovários poliquísticos, apenas faz com que tenhas a menstruação nos dias certos, ajuda a controlar as dores e melhora alguns outros sintomas (dores, acne, excesso de pelos pela compensação hormonal). No meu caso apenas com a alimentação e com paciência tenho conseguido lidar bem e melhorar a cada dia sim 😀
      Beijinhos
      Vânia

      Responder
      • Maria João

        Obrigada pela resposta, és uma inspiração 🙂
        Eu falei com a minha ginecologista sobre fazer isso, dar tempo ao corpo para regular. Mas eu sou hipocondríaca e ela meteu-me um pouco de medo, diz que o facto de não ter a menstruação regular (que é o meu único sintoma dos ovários poliquísticos) é prejudicial para a saúde. Mas, sinceramente, quero mesmo deixar de tomar hormonas. Sou vegetariana há bastante tempo e tento comer do mais natural e caseiro e menos comida processada. Acho que a resposta passa por aí.
        Um beijinho 🙂

        Responder
        • Vânia Ribeiro

          Queres melhor? a minha ginecologista disse-me ou tomas a pílula ou não podes ter filhos! ainda não estou grávida, mas está na minha lista para breve 😉 depois digo se a teoria estava certa eheheh

          Responder
          • Sandra

            Olá! Desculpem me estar a “intrometer” na conversa, mas também tenho ovários poliquísticos e também sou vegetariana. O que noto muito é que os sintomas melhoram imenso se diminuir o gluten, não é preciso cortar a 100% a não ser que se seja intolerante, mas tento sempre diminuir a ingestão de gluten principalmente antes e durante o período, e assim praticamente não tenho dores 🙂
            Em relação ao ciclo menstrual, ele apenas se tornou regular 2 anos depois de deixar a pílula. Recuso-me a voltar a tomar a pílula, só uns 6meses depois de deixar de a tomar é que me comecei a conhecer. Nós não temos noção o quanto a parte hormonal nos influência, mas ela gere todo o corpo incluindo a parte mental.
            Mas o que mais me normalizou foi realmente ter recorrido à acupunctura 🙂
            Boa sorte com isso!
            E Vânia, parabéns pelo blog 🙂

          • Vânia Ribeiro

            Olá Sandra,
            Obrigada pelo seu testemunho.. 🙂
            A questão do gluten também ando a testar em mim.. ainda não tenho muitas conclusões, mas faz todo o sentido 😉 Concordo, as hormonas são parte fundamental e influenciam grandemente o nosso corpo. A acupuntura é maravilhosa e ajuda muito na regulação.
            beijinhos
            Vânia

          • Maria João

            Eu sei que as ginecologistas também seguem pelo caminho mais fácil.
            Tenho a certeza que vais conseguir engravidar 🙂
            Também o quero fazer, daqui a um ano ou dois.
            E concordo mesmo contigo, passa muito pela alimentação e nós conhecemos o nosso corpo melhor do que ninguém!

  14. Rute Isabel Martins

    Minha querida…agradeço a energia da partilha da sua experiência…só assim podemos alertar para uma alimentação cada vez mais consciente onde as opções deixem de ser pacotes e embalagens com rótulos que ninguém parece “ver” quanto mais interpretar…não como carne e respectivos derivados a seis anos bem como leite e derivados…deixei os açúcares e derivados processados a dois anos…depois de muitas experiências e receitas alteradas de modo a conseguir uma relação sabor/valor nutricional equilibrado….tenho filhos que consomem carne e peixe ocasionalmente mas com noção de quantidades reduzidas e preferência pela variedade de legumes e frutas, consigo ainda influenciar alguns dos seus amigos dando a conhecer e provar novas abordagens e alimentos o menos processados possível sendo que em relação aos refrigerantes noto uma consciência cada maior mas os açúcares tornasse complicado de gerir (os gelados e a pastelaria) , depois existe à pressão dos “outros” gostam de provocar por motivo das carências de vitaminas e afins… mas acredito que este é o caminho…bem haja.
    ..

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Rute,
      Muito obrigada pela sua partilha!
      Parabéns pela sua consciência e caminho percorridos!
      Muitos beijinhos
      Vânia

      Responder
  15. Carla Dias

    O queijo que consumo tem o “emblema” de que é próprio para consumo Vegan.
    Eu desconfio que isto seja areia atirada para os nossos olhos.
    Acho que muitos artigos denominam-se “sem lactose” só para atrair os vegetarianos e os vegan. Qual a tua opinião?
    Eu também estou no step by step.

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Carla,
      Existem “queijos” vegan sim.. claro que muitas vezes queremos associar o sabor e ficamos desiludidos (pois não é bem a mesma coisa).. mas numa fase de transição não acho mal (se isso ajudar de alguma forma), claro que o ideal é comermos os alimentos no seu estado mais natural e muitas vezes o “sem lactose” ou “vegan” não significa natural ou saudável.
      beijinhos
      Vânia

      Responder
  16. Luciana

    Ola. Adorei me identifiquei bastante. Sou vegetariana ha 3 meses.. Deixei tudo de um dia para o outro…e sinto.me lindamente.. Meu marido tb nao é.. E tb tem gostado das refeioes q faço… Os comentários e as brincadeiras pra mim é a parte mais difícil…. ? ainda tenho q trabalhar isso.. Parabéns pelo blog… Adoro as receitas…

    Responder
    • Vânia Ribeiro

      Olá Luciana,
      Com o tempo ficamos mais tolerantes às brincadeiras 😉
      beijinhooos

      Responder

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